quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pão

Portugal é dos países com maior consumo de Pão, fazendo parte integrante da sua alimentação ao longo do dia. Com o aumento desse consumo, a indústria viu-se obrigada a aumentar a variedade de pães que tem para oferecer ao consumidor. Entre pão de trigo, centeio, milho, de mistura de cereais, com sementes ou adição de outros componentes, muitos são os pães que estão à nossa escolha no mercado. Mas será que existe um pão ideal?
O pão ideal, sem dúvida, que deverá apresentar as seguintes características: grau de extração de farinha 85 a 95%, proveniente de uma mistura de cereais (trigo, centeio, aveia), com pouco sal, levedado com massa velha adicionada de fermento derivado de fibra beta-glucano e cozido num forno a temperatura moderadamente baixa. Um pão com estas caraterísticas, para além de apresentar uma riqueza nutricional.
  • Valor Nutricional:

O valor nutricional do pão é dependente do grau de extração da(s) farinha(s), dos cereais utilizados e do seu processamento. Em média um pão pode fornecer até 250kcal/100g, sendo constituído em hidratos de carbono (80%), proteínas (<15%) e lípidos (<1%). Porém estes valores podem ser alterados. Quanto menor a extração menor será a quantidade de fibras (celulose e linhina), lípidos, vitaminas e minerais. Ao misturarmos vários cereais podemos ter um benefício quanto ao valor biológico de proteínas, já que se verifica um aumento de alguns aminoácidos essenciais como a lisina, a treonina e a valina. A cozedura lenta com temperatura moderada faz com que haja um aumento de hidratos de carbono complexos e menores quantidades de açúcares simples.

  • Valor Funcional:
O pão ao possuir hidratos de carbono complexos torna-se num alimento regulador das concentrações de lípidos presentes na corrente sanguínea, influenciando a absorção de gordura ao nível do trato digestivo. Possuindo amido, sobretudo amido resistente, verifica-se uma prevenção de doenças ao nível do cólon, como o cancro, e da diabetes e hipercolosterolemia, já que se verifica uma redução dos níveis de glicose e insulina pós-prandial, bem como uma redução do colesterol total, triglicerídeos e aumento do HDL. Para além destes benefícios, o pão aumenta a sensação de saciedade, cria uma melhoria à sensibilidade à insulina e reduz o armazenamento da gordura corporal.


No caso do pão de centeio, caracterizado por apresentar um índice glicémico baixo, verifica-se uma redução dos níveis de colesterol total e uma redução à resposta insulínica. Ao optar pela aveia, vai estar presente de uma fibra alimentar, o beta-glucano, que reduz a glicemia pós-prandial.

Ao juntarmos os vários cereais num único pão, iremos ter um alimento que potencia a prevenção de diversas doenças.


Como vê o pão deve fazer parte da nossa alimentação, até quando estamos a ver um plano alimentar de emagrecimento. Contudo, há que ter em conta a quantidade de pão que come e o que coloca no pão. Pois estes dois fatores é que levam à criação do mito: "o pão engorda". Na verdade, este é um alimento nutritivo e rico em saúde. Por isso aprecie as suas qualidades.

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