O pão ideal, sem dúvida, que deverá apresentar as seguintes características: grau de extração de farinha 85 a 95%, proveniente de uma mistura de cereais (trigo, centeio, aveia), com pouco sal, levedado com massa velha adicionada de fermento derivado de fibra beta-glucano e cozido num forno a temperatura moderadamente baixa. Um pão com estas caraterísticas, para além de apresentar uma riqueza nutricional.
- Valor Nutricional:
O valor nutricional do pão é dependente do grau de extração da(s) farinha(s), dos cereais utilizados e do seu processamento. Em média um pão pode fornecer até 250kcal/100g, sendo constituído em hidratos de carbono (80%), proteínas (<15%) e lípidos (<1%). Porém estes valores podem ser alterados. Quanto menor a extração menor será a quantidade de fibras (celulose e linhina), lípidos, vitaminas e minerais. Ao misturarmos vários cereais podemos ter um benefício quanto ao valor biológico de proteínas, já que se verifica um aumento de alguns aminoácidos essenciais como a lisina, a treonina e a valina. A cozedura lenta com temperatura moderada faz com que haja um aumento de hidratos de carbono complexos e menores quantidades de açúcares simples.
- Valor Funcional:
No caso do pão de centeio, caracterizado por apresentar um índice glicémico baixo, verifica-se uma redução dos níveis de colesterol total e uma redução à resposta insulínica. Ao optar pela aveia, vai estar presente de uma fibra alimentar, o beta-glucano, que reduz a glicemia pós-prandial.
Ao juntarmos os vários cereais num único pão, iremos ter um alimento que potencia a prevenção de diversas doenças.
Como vê o pão deve fazer parte da nossa alimentação, até quando estamos a ver um plano alimentar de emagrecimento. Contudo, há que ter em conta a quantidade de pão que come e o que coloca no pão. Pois estes dois fatores é que levam à criação do mito: "o pão engorda". Na verdade, este é um alimento nutritivo e rico em saúde. Por isso aprecie as suas qualidades.